O imbróglio acerca do novo Código Florestal Brasileira tem várias vertentes, mas, antes de enveredar por elas faz-se imperioso o esclarecimento:

Nenhum ambientalista, nenhuma ONG seja nacional ou estrangeira, nenhum missionário religioso atuando na Amazônia tem mais autoridade moral que o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) – que é redator do Código.

Eu conheço o Aldo e conheço ambientalistas e ONGs - ainda que não deva generalizar, pelas decepções que tive com ambientalistas e ONGs.

É possível que haja ambientalistas sinceros e ONGs sinceras, mas não tive ainda a chance de conhecê-los e isso justifica – até prova em contrário – a generalização que faço.

Os ambientalistas que conheci eram na verdade punguistas disfarçados de verde. Se estavam vinculados a ONGs estrangeiras, eles agiam sempre contra os interesses nacionais; quando se insurgem contra obras na Amazônia não é para defender a floresta, mas os gringos que os bancam.

E se eram autônomos, ou seja, se não eram submissos às ordens externas agiam para se locupletar com verbas públicas ou extorquir empresas privadas.

Uma peste. Perdoe-me a generalização, mas entendam a experiência decepcionante. Daí, a priori não confie em ambientalista nem ONGs.

Vejamos o exemplo: está acontecendo a maior tragédia ambiental no Golfo do México e pergunto: cadê os ambientalistas internacionais? Cadê o Greepeace? Cadê as ONGs?

Já imaginaram se tal tragédia – a maior em toda história da exploração petrolífera em alto mar e em terra – tivesse acontecido no Brasil?

A omissão desses ambientalistas acerca da tragédia no Golfo do México deve servir para reforçar a desconfiança. Cuidado, muito cuidado com ambientalista e ONGs – de ordinário, são altamente perigosos e nocivos à nação.

O deputado federal Aldo Rebelo, alagoano de Viçosa, foi meu colega na Universidade Federal de Alagoas. Fizemos parte da mesma equipe nas aulas de Sociologia, ministradas pelo saudoso professor Salomão de Barros Lima.

Ingressamos na Ufal em 1975, quando ainda vigorava o famigerado Decreto-Lei 477, que era o AI-5 para punir universitário, professor ou funcionário de universidade que se envolvesse com política; que questionasse o regime ou se revelasse comunista.

Éramos cinco: eu, o Aldo Rebelo, o Beto Jucá, o Alberto Casado e o Péricles Gama. E o Aldo sempre se mostrou correto nos posicionamentos; ouso dizer que um nacionalista-marxista, que na época seguia a linha comunista chinesa.

Aliás, o professor Salomão dividia a classe em equipe e cada uma com um patrono. Tinha a equipe Gilberto Freire, equipe Arthur Ramos, e o patrono da nossa equipe o Aldo Rebelo escolheu.

Era equipe Mão Tse Tung; quando o Aldo pronunciou o nome o professor Salomão tomou um susto; ele fumava e jogou o cigarro fora para aplacar o pigarro.

E o que esses ambientalistas querem?

O que eles querem é atrasar a evolução do País; quando eles se insurgem contra uma usina hidrelétrica na Amazônia é porque o desenvolvimento leva a ocupação populacional e a Amazônia povoada fica difícil de piratear as riquezas que possui no solo e no subsolo.

De Boa Vista a Manaus tem um trecho de quase 300 quilômetros que, a partir das 18 horas, torna-se terra estrangeira; ninguém passa sem a autorização dos índios – na verdade, das ONGs e missionários da área que usam os gentios como inocentes úteis.

Eu conheço bem essa história; minha indignação tem justificativa. Para os inimigos é preciso manter a Amazônia despovoada, porque o índio é fácil de enganar e ainda se pode usá-lo como escudo; não foi por humanismo que o Sting saiu passeando com o Raoni mundo a fora.

E também não foi por convicção ambiental, nem preocupação com a Natureza, que aquele diretor de cinema se rebelou contra a construção da hidrelétrica no Pará.

Agora seja.

Se houvesse sinceridade esses ambientalistas estavam gritando contra a tragédia no Golfo do México.

Daí, o novo Código Florestal Brasileiro, cujo relator foi o deputado Aldo Rebelo, é o que interessa ao País; o Aldo prestou relevante serviço à Nação – e não seria diferente; o Aldo cresceu, virou deputado em São Paulo, mas ainda conserva a mesma coerência e honestidade do tempo da Ufal.

Que morram todos os ambientalistas que conheci e eram punguistas! E viva o novo Código Florestal Brasileiro.