Não é a primeira vez que o fazendeiro Ivanízio Moraes é assaltado em sua propriedade, a fazenda Belém, em Capela; mas, é a primeira vez que a polícia descobre e prende os assaltantes – que devem ser os mesmos.
E por que antes a polícia não descobria nada? Ineficiência? Descaso? Inoperância? Incompetência? Omissão? Ou?...
Não sei; só sei que era assim: os assaltantes agiam livremente; a fazenda Belém e a agência do Banco do Brasil em Boca da Mata têm algo em comum – que é a condição de alvos privilegiados dos assaltantes.
Em ano eleitoral, a agência do BB em Boca da Mata era assaltada uma vez por mês; em 2002 bateu o recorde nacional, o que levou a direção do BB a pensar em fechá-la.
Incrível é que, após a ameaça da direção do Banco do Brasil de fechar a agência de Boca da Mata, nunca mais houve assalto.
Aliás, queiram ou não; gostem ou não, mas uma coisa a sociedade tem de reconhecer: no atual governo, não está fácil assaltar bancos. Pelo menos como ocorria antes.
Em maio do ano eleitoral de 2002, por exemplo, 27 agências bancárias já haviam sido assaltadas. No ano eleitoral de 2010, já estamos em julho e ocorreram apenas quatro assaltos – sendo dois postos bancários.
É um avanço, sem dúvida.
E, ao mesmo tempo em que a sociedade aplaude as autoridades policiais atuais pela eficiência, também reforça a dúvida atroz sobre o comando dessas ações criminosas.
Ninguém acredita que esses assaltantes agem por conta própria.
Deve existir o comandante, o capo, que lidera tudo com mão de ferro e ameaças.
Com tantas armas potentes, com tantos veículos velozes e tanta logística, é difícil aceitar que são assaltantes comuns.
Pois bem: de quem é esse jegue?