O filme de 2002 se repete na cabeça do candidato a governador Fernando Collor (PTB). Na eleição naquele ano, ele cedeu à pressão e impediu o filho, Arnon, de fazer parte da sua coligação como candidato a deputado federal.

Resultado: Arnon obteve uma votação surpreendente; foram mais de 55 mil votos que o elegeria tranquilamente se fizesse parte da coligação.

Na eleição este o filme se repete com a prima, a assistente social e suplente de senadora Ada Mello – que o PMN exige seja retirada da disputa pela Câmara Federal, como condição para se coligar com o PTB.

É que o deputado federal Francisco Tenório, presidente do partido e candidato à reeleição, fez as contas e viu que corre o risco de não se reeleger se Ada Mello também disputar a Câmara Federal.

A candidatura de Ada Mello tem dois significados:

1) Garante a Collor uma representante fiel na Câmara Federal.

2) Divide o eleitorado católico – que é hegemônico em torno da candidatura do deputado federal Givaldo Carimbão (PSB), mas aliado do governador Téo Vilela (PSDB).

O pior é que, para Chico Tenório, ainda tem outro entrave – que é o PTdoB, com a disposição da vereadora Rosinha da Adefal de disputar uma das nove vagas de deputado federal.

Se o PTdoB se coligar com o PTB e Rosinha mantiver a candidatura à Câmara Federal, o problema para a reeleição de Chico Tenório permanece e ainda mais sério.

A disputa renhida pelas vagas proporcionais tirou o sono de muita gente e, até 19 horas desta segunda-feira, 5, muita conversa terá de ser entabulada.

O dilema é quem vale mais: o deputado federal Francisco Tenório ou Ada Mello? O que o amigo internauta acha?