Recebi esse artigo do amigo Olegário Venceslau, morador em Chã Preta, e gostaria de compartilhar com os internautas em respeito à cultura alagoana:

A figura de Pedro Teixeira de Vasconcelos (1916-2000), dispensa apresentações aos que conhecem a cultura de nosso povo.

O velho guerreiro não utilizava as mãos apenas como meio de transmitir seus ensinamentos. A prática e o incentivo foram além das palavras.

O filho de Seu Au, (Aureliano Teixeira de Vasconcelos) da Chã Preta, carregou consigo a paixão pelas mais belas tradições de nossa terra.

Não obstante todos os grupos folclóricos criados por ele, desde o pastoril, passando por guerreiros, maracatus, baianas, negras da costa e reisado, o destino reservou-lhe algo mais.

Seu nome perpetuará nos anais da história as vezes que se observar os hinos dos municípios de Chã Preta, Quebrangulo e Santa Luzia do Norte ao verem a epígrafe de Pedro como seu compositor.

Pedro partiu na certeza de dever cumprido. Como homem que honrou sua terra e lutou para preserva sua maior riqueza – a cultura de seu povo.

Galgou os píncaros da glória. Seu nome é reverenciado pelo Brasil ao lado de grandes vultos do folclore popular: Luís da Câmara Cascudo, Roger Bastides, Théo Brandão, Mario de Andrade, Pierre Verger.

Sobre a morte de Pedro Teixeira, brilhantemente escreve um de seus mais fieis discípulos, professor Ranilson França de Souza: “Partiu o último remanescente da escola de Viçosa”.