Um grande acordo está sendo costurado em torno da eleição majoritária em Alagoas. Por mais que tentem negá-lo, nele eu acredito mais.

Perguntei ao governador Téo Vilela (PSDB) se ele havia se encontrado com o senador Fernando Collor (PTB) e respondeu sim; eles se encontraram duas vezes.

- E conversaram sobre a eleição?

- Sim.

- Qual a posição do Collor?

- Não sei, o Collor é assim meio misterioso. Não entendi o que ele realmente queria.

Caros internautas: para quem viveu por oito anos o inferno astral imposto como conseqüência do impeachment, Collor vive hoje pertinho do céu.

Elegeu-se senador e preside a comissão mais importante do Senado; está na vitrine nacional e se expõe positivamente.

Mas, não pode mesmo perder de vista 2014 – quando termina o mandato e só há uma vaga para o Senado.

O acordo em questão tem dois desdobramentos positivos:

1) Garante uma fatia do poder para o PTB;

2) Garante a reeleição do deputado federal Augusto Farias.

O acordo passa pela indicação do vice-governador de Téo e o nome que garante o segundo desdobramento positivo é o da ex-prefeita de Arapiraca, Célia Rocha.

Ao mesmo tempo em que se negocia esse grande acordo, uma trama maquiavélica está em curso para fragilizar ainda mais a candidatura de Ronaldo Lessa.

O primeiro sinal foi dado, com a matéria na revista Isto É, e deixou Lessa abalado. Pense na ira do ex-governador!

Quem ouviu os destemperos disse que foi daqueles...

A matéria alcançou dois objetivos: tirou o discurso de defensor da moralidade e mostrou a Dilma que Lessa é “ficha imunda” – que não pode falar mal de ninguém.

Como falar de força do atraso, com o Ministério Público denunciando o sumiço de R$ 240 milhões de seu governo?

Como falar sobre processos, com três dezenas de processos nas costas e os bens indisponíveis?

Deixaram Lessa atordoado; ele não sabe de onde partiu a flechada. E depois de fazer Lessa perder o discurso, a próxima fase é fazê-lo perder a eleição.

De véspera.