Digamos que a matéria da Isto É, detonando o pré-candidato a governador Ronaldo Lessa (PDT) não tenha sido pauta natural da revista; digamos que a pauta foi sugerida por alguém com influência na revista.

Sim, mas quem?

Lessa está com a pulga atrás da orelha, mas não sabe com certeza a quem atribuir o golpe – é assim que ele define.

Digamos que antes do dedo do repórter, outro dedo importante está por trás da matéria - é isso o que Lessa pensa e não diz.

Ao arrematar a nota enviada à revista, Lessa deixa nas entrelinhas a primeira e mais forte suspeita. Vejamos o que escreveu:

- O debate eleitoral vai permitir ao povo saber quem realmente é ficha imunda, quem andou formando quadrilha e quem se enroscou em Alagoas em graves processos decorrentes de operações desenvolvidas pela Polícia Federal. (Sic)

Quem é, quem é que se enroscou em Alagoas em graves processos decorrentes de operações desenvolvidas pela Polícia Federal?

O amigo internauta sabe? Será que Lessa está se referindo ao senador Fernando Collor (PTB)? Ou ao governador Téo Vilela  (PSDB)?

Se se refere ao Collor, então Lessa acha que tem o dedo dele na matéria da Isto É.

O que o amigo internauta acha?

A matéria da revista serviu para mostrar à candidata Dilma Rouseff que não existe palanque limpo para ela em Alagoas; no quesito traquinagem todos são meninos traquinos demais.

Algo assim, como dizer: dona Dilma, o vetor da força do atraso em Alagoas tem o mesmo princípio; ninguém aqui é melhor que ninguém.

Entenderam?

E se acha que tem o dedo do governador Téo Vilela, então entende que é a reação do governo à negativa à proposta lhe feita pelo prefeito Cícero Almeida (PP) - que era disputar a Câmara Federal e indicar com ele (Almeida) o vice-governador de Téo.

E isso é apenas o começo. Lessa pediu direito a réplica, mas se prepare porque vem em seguida a tréplica.

Mas, afinal, quem foi mesmo que detonou o Lessa na Isto É?