O delegado Marcílio Barenco, diretor-geral da Polícia Civil, fez revelações na noite da terça-feira, 8, que o alagoano honesto deve refletir olhando pelo retrovisor – que é para saber como era a segurança pública antes em Alagoas.
As revelações de Barenco foram durante a entrevista no “Conversa de Botequim”, apresentado pelo jornalista Plínio Lins, no Restaurante Rapa Nui, na Ponta Verde.
Antes de citar as revelações, vale o registro: no governo passado, depois de se expor para elucidar crimes hediondos, colocaram o delegado Barenco na geladeira e, pior, tomaram-lhe a pistola, a viatura e o único policial que lhe dava segurança.
- Tive de comprar uma pistola por dois mil e quinhentos reais e paguei dividido em dez vezes – revelou o delegado.
Agora, as revelações:
1) No governo passado, o custeio da Polícia Civil era de 300 mil reais, mas só eram liberados 50 mil reais e ainda assim atrasados. Teve mês que liberaram apenas 30 mil reais. Hoje, o governo libera 650 mil reais rigorosamente em dia e não devemos nada aos fornecedores. Tem fornecedor brigando para fazer negócio com a Polícia Civil.
2) Não estou aqui para fazer apologia de ninguém, nem defender ninguém, mas o governador Teotônio Vilela é um homem de coragem. Tem mais coragem do que eu. Sendo político, o governador adotou a polícia da legalidade, a polícia de Estado. Hoje, não se troca delegados, não se nomeia delegados atendendo a pedidos políticos. O critério de nomeação ou de troca de delegados é meramente técnico. Nunca recebi um telefonema sequer do governo pedindo para trocar ou nomear delegado.
3) Seria leviano de minha parte dizer que os assaltos a bancos registrados antes tinham conotação política. Não posso dizer isso. Mas, posso dizer que pela primeira vez prendemos assaltantes de bancos e devolvemos 200 mil reais roubados da Caixa Econômica. Se hoje, no ano eleitoral, não acontecem mais os assaltos de antes, deve ser coincidência. Mas, estamos atentos. Seja quem for que estiver envolvido nós vamos descobrir.
Gente! São revelações que correspondem a realidade; o delegado Marcílio Barenco faz parte de uma geração de policiais que dignificam a instituição tão importante para a sociedade.
E o governador Téo Vilela fez mesmo a diferença – gostem dele ou não. Nunca, na história desse Estado, um governador tratou a polícia com tanto profissionalismo.