Nenhum dos três postulantes ao governo do Estado encontra moleza na escolha do candidato a vice-governador. Jamais se viu situação igual, quando a escolha de um vice ganha dimensão e pode influenciar decisivamente na eleição.

Collor quer o deputado federal Joaquim Beltrão para vice-governador e deu um nó cego no PMDB; o senador Renan Calheiros não pode contrariar o Collor e continua fazendo de conta que não ouviu nada.

É melhor assim.

O candidato Ronaldo Lessa quer uma declaração contundente do senador Renan, acerca da indicação de Joaquim Beltrão, mas Renan não pode fazer muito barulho agora.

Interessante é que a candidatura de Lessa se tornou importante também para o Planalto e o para o PT. Com o Collor na disputa, o governo e o PT sabem que precisam manter a candidatura de Lessa para reagir ao discurso da oposição sobre o apoio de Collor.

O prefeito Cícero Almeida (PP) disse que não vai mais indicar vice de ninguém e quem quiser ser governador, que se vire sozinho, pois ele vai mergulhar; vai pescar.

O PP já se acertou com o governador Téo Vilela (PSDB) e pode indicar o vice-governador. Será o Benedito?

Pode ser.

Será a Ada Mello e o Collor fecha acordo com o governador Téo?

Afinal, qual o vice ideal para cada um dos três candidatos a governador?