Disseram ao senador Fernando Collor que o presidente Lula não tem nada a ver com isso; não é ele que é contra a candidatura dele ao governo do Estado – e Collor acredita piamente nas palavras de Lula.

Quem está forçando o governo é o senador Renan Calheiros - e Collor acredita piamente na assertiva.

O que move Renan a lutar para Collor não ser candidato é a conjuntura – não é nada de pessoal. É subestimar demais a inteligência do Collor para imaginar que ele já não entendeu o jogo.

E o Collor, ainda que tenha mais quatro anos de mandato, move-se nesta eleição com a mesma preocupação de Renan. A diferença é que Collor tem até 2014.

Ao se lançar candidato, Collor sabe que deu o xeque-mate.

Renan não pode perder o Ronaldo Lessa de vista; qualquer recaída de Lessa ameaçando disputar o Senado pode ser fatal – e Lessa já ameaçou largar tudo e disputar o Senado.

Ao chamar o deputado federal Joaquim Beltrão para ser o vice, Collor mostrou que o jogo está com ele.

O senador Renan está tonto até hoje com a jogada de Collor e, pior, ele está sobrecarregado: tem de cuidar da própria candidatura e manter a candidatura de Lessa sob controle.

Renan vive sob a expectativa de receber a notícia: Lessa desistiu e vai disputar o Senado.

E Collor quer saber como ele fica nessa foto, se terá de enfrentar em 2014 um governador? Então, ele decidiu ser candidato ao governo do Estado.

Se ganhar resolve o problema e se perder empurra o problema pra frente; ele tem mais quatro anos para pensar.

Pedir para o Collor desistir só quem não o conhece; acho até que falte no governo Lula quem tenha coragem para se dirigir ao Collor pedindo para desistir.

O ministro do Trabalho, Carlos Luppi, não teve coragem. Você tem?

Gente, o presidente Lula não está preocupado com eleição em Alagoas – exceto para reeleger o senador Renan Calheiros.

Todos sabem que a candidatura do Collor é o que deve e tem de ser feito na situação dele. E como pedir ao jogador para não dar o xeque-mate?

Agora peça....

Collor só sai dessa na boa, independente de pedidos.