O PT decide neste sábado a rasteira em Pinto de Luna, negando-lhe legenda para disputar o Senado. São ordens superiores.
O deputado Judson Cabral vai direto ao assunto e admite que a negativa à candidatura de Luna tem a ver com a candidatura do senador Renan Calheiros (PMDB) à reeleição.
As posições de Judson são claras e, talvez por isso, ele é considerado pela cúpula do partido como dissidente.
Enquanto a cúpula nega ele afirma. Judson disse que a prioridade do PT deve ser a eleição da ex-ministra Dilma Rousseff para presidência da República, e quando diz isso parece mostrar que o PT tem outra prioridade – que é reeleger o senador Renan Calheiros.
Como o partido vai ficar depois de negar oficialmente a candidatura de Luna?
Essa e a preocupação da cúpula petista, que procura a desculpa. E a melhor, porque é a única, desculpa é dizer que o partido participará da majoritária indicando o vice-governador de Ronaldo Lessa (PDT).
Quando o prefeito Cícero Almeida (PP) disse que não indicaria vice de ninguém, é porque já sabe das intenções do PT com a única desculpa de que dispõe.
Na verdade, o PT não indicará Pinto de Luna candidato ao Senado por ordens superiores – que é para não atrapalhar a reeleição de Renan.
Pinto de Luna se filiou ao PT atendendo sugestão do ex-ministro da Justiça, Tasso Genro, de quem é amigo, e disse-lhe era candidato ao Senado.
O PT em Alagoas concordou e até embalou a candidatura de Pinto de Luna, mas de uns dias para cá a frieza da cúpula petista mostrava que algo tinha dado errado.
Na verdade, a cúpula petista sabia que Pinto de Luna não seria candidato. Sabia, mas temia a reação da militância.
Isto posto vamos ouvir a seguinte desculpa:
O PT optou por participar da disputa majoritária com um candidato a vice-governador e, sendo assim, não poderia pleitear também a candidatura ao Senado.
O segundo candidato ao Senado da Frente de Oposição virá do PCdoB e é o candidato Denorex – que parece, mas não é.
E termina assim o capitulo da novela: O PT e suas contradições.