E aconteceu o que antes acontecia com mais freqüência em ano eleitoral em Alagoas. A diferença é que o alvo preferencial não é mais o Banco do Brasil, mas qualquer banco instalado em área vulnerável igual à cidade de Roteiro.

O assalto à agência do Bradesco, em Roteiro, remeteu a todos às cenas de faroeste norte-americana; apenas o xerife e o auxiliar estavam na cidade.

A diferença para os assaltos a bancos comandados na época do lendário Jesse James é que, no assalto em Roteiro, o bando não chegou de cavalos, mas em máquinas de muitos cavalos de potência.

Todavia, igual ao que o bando de Jesse James fazia arrastando o cofre pelas ruas, o bando em Roteiro também desfilou com o cofre rebocado.

Muito bem informado, o bando sabia que o banco tinha sido reabastecido; sabia onde estavam as câmeras filmando tudo e sabia quantos policiais estavam na cidade. Foi fácil.

E não pensem que o bando está longe. Nem pensem que outras agências bancárias não serão assaltadas até a eleição, porque aí é subestimar o bando – que não pode perder o costume. Desde 1998, em todo ano eleitoral o bando ataca agências bancárias.

Estava até demorando.

Pensando bem, desde 1998 nunca num ano eleitoral se chegou a junho com apenas um assalto a agência bancária. De ordinário em Alagoas, no ano eleitoral, em junho já se contabilizava cerca de vinte assaltos ou uma média de três assaltos por mês.

Quer dizer: apesar do assalto em Roteiro, estamos progredindo em direção à normalidade. Pior era antes.