Comedido e falando pausadamente, o deputado Antônio Albuquerque (PTdoB) só saiu do tom moderado que impôs na entrevista ao jornalista Plínio Lins, no Conversa de Botequim, quando foi pedido para definir o desembargador aposentado Antônio Sapucaia:
- É um farsante. Um complexado.
Fez-se silêncio no Rapa Nui e até deu para ouvir as ondas do mar da Ponta Verde quebrando na praia. E ele completou:
- O Sapucaia veio de família humilde, mas é complexado. É complexado com quem obteve um mandato. Isto não é postura. Ele (Sapucaia) não tem nenhum histórico de destaque na sua passagem pelo Judiciário.
E arrematou referindo-se a gestão de Sapucaia no Detran:
- Eu disse ao governador que se ele quisesse eu provaria que estavam emitindo Carteira de Motorista sem o sujeito ir fazer o teste nenhum.
Albuquerque falou do seu afastamento da Assembléia Legislativa e da sua prisão, para dizer que foi vítima de perseguição:
- Queriam um retrato do Albuquerque preso. E fui preso porque o Cavalcante (ex-coronel PM) disse que eu sabia que dois deputados iam matar o cabo Gonçalves e não tomei providências. Isso é mentira. Mas, fui preso mesmo assim.
Sobre seu afastamento da Assembléia, depois de ter sido denunciado pela Operação Taturana, Albuquerque se disse tranqüilo porque nada será provado contra ele.
- Não foi na minha gestão como presidente. Eu não era presidente no período que investigaram a assembléia, sequer participei da Mesa Diretora. Eu era um simples deputado. E na minha gestão como presidente não fiz nenhum contrato de empréstimo com banco nenhum.
Albuquerque disse que administrou a Assembléia Legislativa com orçamento de R$ 8,5 milhões, construiu a nova sede da Assembléia, criou a TV Assembléia, um jornal e um portal de noticiais e deixou R$ 7 milhões em caixa quando foi afastado.