Os prefeitos em segundo mandato, que são maioria, não apóiam a candidatura de Ronaldo Lessa ao governo do Estado e esse é o viés pelo qual Fernando Collor se elegeu senador em 28 dias de campanha, e agora quer disputar o governo do Estado.

A rejeição dos prefeitos em segundo mandato é a Roda Viva.

A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas, eis que chega a roda viva
E carrega o destino pra lá.
Roda mundo, roda gigante...

Lessa tratou mal os prefeitos quando foi governador duas vezes; alem de dificultar o acesso a ele, ainda abiscoitou o ICMS dos municípios deixando para o governador Téo Vilela a conta de R$ 48 milhões para pagar.

E o Téo pagou.

O presidente Lula só recebeu a comitiva em audiência nesta quarta-feira, em Brasília, depois de ter sido convencido de que, se não recebesse, deixaria todos numa situação complicada perante o eleitorado em Alagoas.

É que se criou a expectativa da audiência, que seria na terça-feira à noite e foi transferida para a manhã desta quarta-feira.

A audiência foi rápida; foi vapt-vupt. E Lula visitará Alagoas, mas essa visita já estava agendada e não tem nada a ver com candidatura de Lessa nem de Collor.

Mas, não é verdade que Lula declarou apoio à candidatura de Lessa; o presidente sabe que não pode afrontar Collor, e não é apenas por ele (Collor), mas pelo que ele (Collor) representa como administrador nacional das verbas do PAC e xerife nacional do PTB.

Trocando em miúdos, o problema da candidatura de Lessa ao governo do Estado são os prefeitos em segundo mandato.

O próprio senador Renan Calheiros (PMDB) admitiu isso; um dos prefeitos que faz questão de detonar a candidatura de Lessa, que é o prefeito de Delmiro Gouveia, Lula Cabeleira, disse a Renan:

- Eu voto em você e trabalho para você. Só não me peça para apoiar o Lessa.

E sendo assim, o que o amigo internauta acha? Lessa deve enfrentar as feras, ou seja, a reação dos prefeitos ou é melhor não arriscar?