Todos os dias, de preferência em horário nobre, são exibidas propagandas políticas pagas ou gratuitas a título de inserção partidária.

A frequência aumentou significativamente nas últimas semanas, promovendo-se um verdadeiro picadeiro nas nossas telas. Exibem de tudo: obras de saneamento, hospitais modelos – limpos e com leitos confortáveis, construção de escolas, entrega de viaturas e ambulâncias, funcionários públicos felizes, implantação de novas empresas, construções de rodovias, etc...

Alagoas fica linda nessa versão mentirosa e medíocre criadas por esses palhaços que pensam que nossas salas são palcos de circo.

Os caras-de-pau mostram um desenvolvimento que só existe na cabeça deles. Cadê as obras de saneamento? O fedor do rio Salgadinho está insuportável durante a maré baixa. Todos os dias escoa uma calda escura, nojenta e fedorenta em direção ao verde do nosso belo mar. O esgoto e o lixo correm a céu aberto.

Na ilha de prosperidade que está se transformando Alagoas, através das emendas que muitos dizem ter trazido e pela eficiência do governo estadual, alguns meninos ainda insistem em ficar a noite toda pedindo na fila do drive-thru do Mac Donald na Jatiúca.

Com tantos empregos gerados, os guardadores de carro ainda continuam a nos cercar a cada parada que fazemos.

Haja moedinhas!

As portas do Banco do Brasil parecem um campo de refugiados: é mulher deitada no chão com a mão esticada pedindo e as crianças mamando nos peitos. Cena digna de documentário americano sobre a África.

Pelo interior do estado o sertanejo divide o barreiro com os animais na busca de água para beber. Essa realidade foi exibida no telejornal da manhã num dia desses.

Então cadê esse cenário lindo e maravilhoso que ninguém vê ao nosso redor? Porque não mostram o plantão do HGE e da Unidade de Emergência do Agreste?

Como eu queria que um dia baixasse neles o espírito da verdade durante a gravação de um programa eleitoral.

Já pensaram?

Alguns iriam aparecer dizendo mais ou menos assim:

- Eu era um pobre e entrei na política.

- Roubei muito e fiquei rico.

- Ensinei meus filhos a fazerem o mesmo e então passamos a roubar juntos o povo e precisamos nos eleger novamente para continuarmos roubando e comprando carrões, lanchas, fazendas e muitas outras futilidades que entendemos ser indispensáveis. 

Essa corja precisa entender que o povo tem cara limpa e já sabe que eles são pilantras, caras-de-pau e agem na cara-dura!

 

Nota: Para quem tem cara limpa, o nosso site está de cara cara nova. Clique em: www.pintodeluna.com.br