A Petrobras vai abrir licitação para a construção de seis plataformas de perfuração em alto mar e duas delas serão construídas pelo estaleiro em Coruripe.
É que o Eisa detém a tecnologia. São dois tipos de plataformas: para perfuração e para extração.
Cada uma dessas plataformas contratadas pela Petrobras vai custar 3 bilhões de dólares, o que levou o ex-deputado federal João Caldas à euforia.
- São quase seis bilhões de reais! Imagine que o Canal do Sertão, uma obra monumental, vai custar em torno de um bilhão de reais. É como se você tivesse injetando na região o equivalente ao gasto com seis obras do tipo do Canal do Sertão. Isto é fantástico – comemorou Caldas.
Sobre João Caldas, um parêntesis para se fazer justiça: o estaleiro é obra dele gostem ou não. E, talvez por isso, se explique o marasmo oficial em relação ao projeto, o que se pode deduzir como ciúme de homem – que é a coisa triste de Alagoas.
Ninguém conhecia o mega-empresário bilionário German Efromovich; foi João Caldas que o trouxe para Alagoas e o apresentou às autoridades depois de convencê-lo a instalar o estaleiro em Coruripe.
E não é de agora que João Caldas tenta atrair investimentos para o Estado. Em 2004 eu estava em Brasília e ele, deputado federal e quarto secretário da Mesa Diretora da Câmara, me levou para o aniversário de um empresário amigo dele.
O aniversário foi num iate, ancorado no meio do Lago Paranoá, depois de zarpar do píer do Blue Tree. O aniversariante era um goiano, armador tupiniquim, que o Caldas tentava convencer a instalar um estaleiro em Alagoas.
Revelo isso porque não tolero injustiça.
Pois bem; o estaleiro em Coruripe vai gerar ICMS, ISS e IPI; terá uma rede de energia elétrica exclusiva partindo de Xingó e significará a transformação radical de uma região tanto tempo relegada.
Isso, se a inveja de homem e os maus alagoanos não impedirem.