O silêncio do senador Fernando Collor (PTB), acerca do processo eleitoral este ano, foi quebrado com a resposta simples; ele respondeu não à pergunta sobre se seria candidato ao governo do Estado.
Mas, apesar da negativa, ainda persiste a dúvida para alguns que entendem se tratar – a negativa – de estratégia.
Collor está certo em manter essa expectativa e também ao deixar prosperar o enigma quanto ao futuro. O certo, porém, é que ele é candidato mesmo à presidência do Senado. Guindado à posição de destaque, Collor pavimenta o caminho que poderá levá-lo a presidir o Senado.
Passa por ele o Pré-Sal e as verbas do PAC; saindo-se bem como está se saindo, Collor trabalha com inteligência para desfazer os conceitos negativos que lhe imputam desde o malogro de sua passagem pela presidência da República.
Ele chegou ao Senado quebrando o tabu – foi o primeiro ex-presidente da República eleito senador pelo Estado de origem; e tem tudo para presidir o Senado na próxima legislatura.
E isto com o apoio do senador Renan Calheiros que, gostem dele ou não, é um dos maiores articuladores da política brasileira.