O imbróglio em torno da competência para o licenciamento ambiental do estaleiro em Coruripe afastou o IBAMA do IMA, mas juntou o governador Téo Vilela ao senador Renan Calheiros – os dois irão juntos tirar o caso a limpo.

Na próxima semana, em data ainda a ser marcada,  o governador e o senador estarão no Ministério do Meio-Ambiente liderando a bancada federal – que deverá acompanhá-los em bloco na conversa com a ministra Izabela Teixeira.

O caldo entornou depois do parecer estapafúrdio assinado por três técnicas-profetas; o relatório parece ter sido inspirado pela mãe Diná – as técnicas não sugerem o que pode acontecer em termos de implicações socais; elas simplesmente determinam.

Tal contundência aguçou as dúvidas sobre má-vontade com o estaleiro alagoano, porquanto se em Pernambuco foram desmatados 140 hectares à beira-mar e o IBAMA nem aí, por qual motivo se insurgiu contra o estaleiro alagoano?

Pois é; por qual motivo?

E como não há motivo plausível alguém tratou de arranjar um (motivo) que se tornando convincente atingia duramente o senador Renan Calheiros – que estava sendo responsabilizado pelos entraves.

Para mostrar que também deseja o estaleiro e vai lutar por ele, o senador Renan já garantiu presença na audiência no Ministério do Meio-Ambiente. E que depois não se diga que Renan não agiu em favor do projeto.

A presidenta do IBAMA em Alagoas, Sandra Menezes, se escalou para viajar, mas sua presença não é necessária por dois motivos:

1) A conversa é com o governador e a bancada federal.

2) O IBAMA local não terá nenhuma interferência no licenciamento – que, se for o caso, será da competência do IBAMA nacional.

Tem ainda que o governador Téo Vilela vai defender que o licenciamento ambiental seja dado nos mesmos moldes do vizinho (Pernambuco), ou seja, pelo IMA. Afinal, o mar é nosso.

É ou não é?