Segui o rastro dos maus alagoanos e conclui que eles existem e fazem mal, ó, há anos e anos. Assim, é melhor procurar os bons alagoanos – que são poucos e, sendo poucos, fáceis de serem localizados.

Claro que nos referimos àqueles alagoanos que exerceram poder de mando; que foram incumbidos pelo voto popular ou por delegação para cuidarem do povo, do erário e dos bens públicos.

Exemplo de bom alagoano que encontrei foi o major Luiz Cavalcante – que se elegeu governador em 1961 e governou o Estado até 1965.

Para se ter idéia do tamanho da destruição causada pelos maus alagoanos, basta dizer que tudo o que funciona no Estado – e o que não funciona mais, porque destruíram – foi montado no governo do major Luiz – que era general, mas ficou conhecido como major.

A Ceal, a Casal, o DER, as adutoras, a pavimentação de rodovias, o primeiro conjunto de habitação popular, o Banco do Estado, a Bacia Leiteira, enfim, tudo o que ainda hoje funciona foi montado no governo do major Luiz – que andava a pé; que saía a pé do palácio para o campo do Mutange, para assistir o CSA jogar.

Diferente do que se viu depois, havia plano de governo; no governo do major Luiz não se assaltou o erário e nem se sabia de maus alagoanos - estes vieram depois na carona do Satanás.

Ainda que os maus alagoanos existam e prejudiquem o Estado, é muito bom saber que já existiu também o bom alagoano - e que a esperança não se perdeu; é possível revivê-lo.