Mesmo que não quisesse e mesmo que a união com o PSDB não fosse o melhor negócio a fazer, o deputado federal Benedito de Lira (PP) teria de ir mesmo para o palanque do governador Téo Vilela.

Motivo: o PP vai se coligar com o PSDB na disputa presidencial e indicará o vice-presidente de José Serra.

Esse é o desenho em nível nacional, com repercussão nos estados, porquanto a coligação na majoritária implica no comprometimento das demais candidaturas. O nome do PP para vice de José Serra é do ex-ministro Francisco Dorneles – que é tio do governador de Minas Gerais, Aécio Neves.

Benedito de Lira ainda não assumiu publicamente a união com o PSDB para não se antecipar à decisão nacional – e isto do ponto de vista oficial, porque na prática ele já está no palanque de Téo.

Conversei com o deputado por telefone e ele jurou não ter pedido nada em troca para apoiar o governador Téo Vilela. Fala-se que teria direito a uma secretaria e ao DETRAN, mas ele repeliu com veemência a informação.

- Nunca pedi nada em troca para apoiar ninguém – disse-me.

No chapão as chances de Benedito de Lira seriam remotíssimas e tanto para ele, quanto para o filho, Artur – que ele quer eleger deputado federal. São nove vagas para a Câmara Federal e pelos cálculos o chapão elege cinco deputados. São eles: Célia Rocha e João Lyra, pelo PTB; Olavo Calheiros e Joaquim Beltrão, pelo PMDB; e Maurício Quintella, pelo PR.

A saída para ele é mesmo o lado de lá, ou seja, o lado do governador Téo Vilela – que não tem candidato declarado para o Senado e, para a Câmara Federal, o quadro é menos complicado para Artur Lira.

Ou seja, é pegar ou perder a aleição.