O cardeal Vicent Nichols, o mais graduado representante da Igreja Católica na Inglaterra, negou que o papa Bento 16 vai renunciar.

Existe a pressão para que o papa renuncie ao papado, depois dos escândalos de abuso sexual contra crianças.

No que toca diretamente o papa é a matéria publicada pela imprensa nos Estados Unidos acusando o cardeal Joseph Ratzinger – hoje Bento 16 – de não ter apurado as denuncias de abuso sexual praticado por padres contra 200 crianças norte-americanas.

Não vamos entrar no mérito da questão, ou seja, da pedofilia propriamente dita. Vamos nos deter a essa onda de denúncias contra a Igreja Católica para saber o que está por trás de tudo isso?

Será vingança contra o "general" João Paulo II – que acabou com o comunismo no Leste Europeu?

Será vingança contra o poder da Igreja Católica – que permanece como Estado forte, sem possuir exército?

Sabe-se que o papel do papa João Paulo II, na derrubada do Muro de Berlim, na reunificação da Alemanha e na destruição da Cortina de Ferro foi tão importante, que os Estados Unidos tiveram de reconhecer e homenageá-lo.

Lembrem-se de que o evangélico George Bush recebeu o papa na Casa Branca. Pois é; o que o exército mais poderoso do mundo não conseguiu impedir com as armas, o papa conseguiu apenas com o verbo.

Claro, a história da Igreja Católica não é imaculada. Mas, nenhuma outra organização religiosa está tão solidamente edificada – o Vaticano é um Estado, o papa é um estadista e os católicos são súditos indivisíveis. Não existem seitas católicas.

Essa onda de denuncias é estranha. No caso recente de Arapiraca, transformaram em pedofilia a prática homossexual entre adultos, forjaram o flagrante e extorquiram o cônego.

Afinal, a quem interessa a renuncia do papa?