O deputado federal Benedito de Lira explicou ao prefeito Cícero Almeida as razões dele para se passar para o lado do governador Téo Vilela.

São razões fortíssimas, tais como: no chapão não tem chance para ele – que é candidato a senador; nem para o filho Artur Lira – que é candidato a deputado federal.

Basta isso e Almeida entendeu. Aliás, o próprio Almeida seria beneficiado numa aliança com o governo do Estado, considerando-se a hipótese do governador Téo Vilela ser candidato ao Senado em 2014 e o PP indicar o vice-governador.

Se for candidato ao Senado, Téo terá de se afastar do governo seis meses antes da eleição. Neste caso, assumiria o vice-governador do PP com o compromisso de apoiar Almeida na disputa pelo governo do Estado.

O problema é que Almeida tem compromisso com o empresário João Lyra e não pode falhar de novo. O senador Renan Calheiros também marca o prefeito, porque não lhe interessa a candidatura de Benedito de Lira como candidato do governo do Estado.

Na composição, quem ficou mesmo numa posição incomoda foi o prefeito. O candidato a governador pelo chapão, Ronaldo Lessa, sabe dos planos de Benedito de Lira, mas não deveria provocá-lo.

Lessa disse que não precisava de Benedito. O problema é que Benedito pode não ajudar Lessa, mas, com certeza, pode atrapalhá-lo.