Em 2006, na eleição majoritária em Alagoas, 1 terço das urnas eletrônicas apresentaram erros gravíssimos.
O número assusta porque é tolerável que uma ou duas dúzias de urnas eletrônicas apresentem problemas, mas é estranho – muito estranho – que quase 500 das pouco mais de 1 mil e 500 urnas tenham apresentado problemas.
E problemas sérios, tipo:
121 urnas não estavam com o programa de totalização dos votos instalados.
157 urnas tiveram o número de identificação alterado quando a votação já tinha sido iniciada.
162 urnas registraram na memória códigos totalmente desconhecidos.
29 urnas tiveram os votos computados, mas não estavam no registro do TRE
Em Branquinha e Taquarana os votos foram registrados com códigos de cidade inexistente, ou seja, oficialmente não existiu eleição no município e, se existiu, não se sabe até hoje para onde foram os votos.
Em 36 cidades não foi comprovado que os candidatos estavam com a votação zerada, antes de começar a eleição.
Também foi comprovada a existência de urnas perdidas no tempo, ou seja, a eleição foi realizada em outubro de 2006, mas essas urnas registraram a data de 17 de junho de 2002.
Finalmente, na eleição de 2006 votaram 1 milhão 514 mil e 113 alagoanos, mas no sistema do TRE descobriu que 22 mil 502 eleitores sumiram do mapa. Literalmente.
A perícia realizada pelo insuspeito Instituto Tecnológico da Aeronáutica concluiu que:
- Um ou dois tipos de erro seriam aceitáveis, mas a quantidade e o padrão das irregularidades verificadas são inadmissíveis. Isso não é uma questão menor. Pela gravidade e extensão dos problemas, os indícios de fraude são fortes (sic).
Isto quer dizer: se não mataram o cupim; se o cupinzeiro foi mantido hibernando é bom tomar cuidado porque esse tipo de cupim se alimenta de votos eletrônico. Trata-se de cupim cibernético.