Acho que o governador Téo Vilela vai recorrer à Justiça para manter o veto ao aumento do duodécimo da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas e do Ministério Público.
E por que eu acho que sim?
Porque o governador fez uma jogada de mestre na última semana. Téo viajou para São Paulo, e o vice-governador José Wanderley e o presidente da Assembléia Fernando Toledo, também se ausentaram do Estado.
Com isso, sobrou para a presidenta do Tribunal de Justiça assumir o governo. Um advogado consultado disse-me que o governador não precisa passar o cargo para ninguém se a ausência for inferior a 15 dias e ele (governador) se encontrar dentro do País.
Mas, o Téo quis passar o governo para a desembargadora Elizabeth Carvalho para que ela mesma conhecesse as finanças do Estado. O que o governador não esperava foi a declaração de arrependimento da desembargadora, por exigir o aumento do duodécimo da Justiça.
Téo soube e ficou felicíssimo; o plano deu certo. Quando apelar à Justiça para manter os vetos que os deputados derrubaram legislando em causa própria sabe que tem alguém que conhece a realidade; a presidenta do TJ conheceu os números do Estado em cinco dias.
E para que a Assembléia Legislativa e o Tribunal de Contas querem mais dinheiro? É que lá o ralo é grande, mas não é maior que a bocarra de seus habitantes. Para manter sinecuras tem que ter dinheiro e no ano eleitoral emprego é voto.
Se o governador recorrer à Justiça contra o aumento do duodécimo vai ganhar o apoio de quem tem voto; se não recorrer vai perder o voto, o discurso e o sossego com a revolta justa dos barnabés civis e militares.
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