O silêncio tumular e o burburinho dando conta dos bastidores mostram que o chapão de oposição ao governo Téo Vilela não é proposta concreta.

Tem sempre o compasso de espera para se definir o futuro do chapão – que indicou Ronaldo Lessa candidato ao governo do Estado.

Antes a esperar era pelo prefeito Cícero Almeida - que teria de decidir se iria ou não disputar o governo do Estado. Almeida queria disputar o governo, mas o grupo não queria

E agora se espera pelo deputado federal Benedito de Lira – que terá de decidir se vai ou se fica; se vai se bandear para o lado do governo ou se fica no chapão.

E ainda tem a espera para saber quem é o vice de Lessa – que Almeida quer indicar, mas o grupo ainda está avaliando se deixa ou não.

Entenda-se como grupo o que pensam e tramam os senadores Renan Calheiros e Fernando Collor; até agora, Collor e Renan têm pensado e tramado tudo igualzinho.

Mas, também nesse particular o chapão vive de espera. Espera-se, por exemplo, a reação de Collor – que é franco atirador nessa eleição, com mais quatro anos de mandato garantido no Senado.

Lessa está precisando de imunidade, muito mais que de poder, e diante da necessidade premente o melhor é não arriscar sequer o Senado, quanto mais o governo.

E alguns esperam que Lessa dispute mesmo é uma vaga na Câmara Federal.

E de espera em espera segue o chapão, de onde jamais vai sair o que não se espera.