Enquanto o estaleiro de Coruripe é apenas vaga idéia de progresso, em Pernambuco estão construindo o segundo estaleiro.

O secretário estadual de Desenvolvimento não sabia ou faltou com a verdade, quando negou a construção do segundo estaleiro no Estado vizinho - enquanto o nosso ainda é vaga idéia.

Para resolver o problema da carência de mão-de-obra especializada, o governo pernambucano está negociando a criação de cursos navais no Cefet. É a primeira vez que curso naval será ofertado fora do domínio da Marinha.

Garante o governo pernambucano que esse segundo estaleiro vai construir a primeira plataforma para o pré-Sal.

Secretário Luiz Otávio, anote aí: o segundo estaleiro de Pernambuco está sendo construído bem perto da gente, no porto de Suape, pelo consórcio Sachin-Tomé.

Cá para nós, diante dos precedentes e da má qualidade do político alagoano, tomara que não dêem outro tomé em Alagoas.

Já nos levaram o escritório da Petrobras, a refinaria, a cervejaria, a Comesa, a Salgema e o pólo cloroquímico; só falta agora levarem o vento e o estaleiro.

É difícil acreditar na denuncia do advogado José Costa contra o senador Renan Calheiros – que estaria impedindo a liberação do dinheiro para a obra. É difícil porque não se concebe um político trabalhando contra os interesses da sociedade, mas, é verdade que o Estado já foi traído muitos vezes.

A cervejaria que era de Alagoas foi para Sergipe e o escritório da Petrobras também; a Comesa se dividiu em duas e foi  ampliar as unidades do Grupo Gerdau em Fortaleza e Recife; a refinaria de petróleo foi para Pernambuco, o pólo cloroquímico e a Salgema a Bahia tomou.

O amigo internauta talvez não saiba, mas toda aquela estrutura vista no Pontal da Barra, com o píer e o terminal de gás, existe de fato, mas, de direito está tudo na Bahia – que é para a Braskem não pagar imposto sobre a energia que consome.

Um governador muito bonzinho decidiu acatar a versão estapafúrdia da Braskem, que alegou consumir energia elétrica de Paulo Afonso – que fica na Bahia. E como a Braskem também fica na Bahia e a lei diz que o imposto deve ser pago quando houver circulação entre estados, a empresa pleiteou e conseguiu isenção.

Toda a estrutura lá no Pontal da Barra é miragem e a rede exclusiva que traz a energia de Paulo Afonso até Maceió não existe.

Ora, num Estado onde isso é possível nada mais é impossível de acontecer na política.