A ação de agentes da Polícia Federal impedindo o assalto a uma agência bancária no Maranhão é resultado do monitoramento que a PF realiza em cinco estados nordestinos, entre eles Alagoas.
Nesses cinco estados atuam pelo menos três quadrilhas que se comunicam entre si e se revezam nas ações. Essa interação criminosa reúne Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Ceará e a Bahia e foi denunciada em 2004 pela CPI da Pistolagem, da Câmara Federal.
A CPI era para apurar crimes de pistolagem, mas descobriu que os crimes iam além de homicídios. Tem roubo de carros, de cargas e assaltos a agências bancárias, o que demonstra o ecletismo da quadrilha.
Em Alagoas, há a estranha, mas feliz, coincidência de o número de assaltos a agências bancárias ter caído substancialmente depois das mudanças no comando da segurança pública, principalmente na Polícia Civil.
Para se ter uma idéia dessa redução substancial em Alagoas, entre 2002 e 2006 ocorreram 125 assaltos a agências bancárias. E de 2007 até agora foram apenas 10, com o detalhe: a polícia conseguiu prender alguns dos assaltantes.
O comparativo é ainda mais relevante quando se leva em conta que somente a agência do Banco do Brasil em Chã Preta foi assaltada oito vezes – e três vezes foi só entre abril e agosto de 2002!
O trabalho do Ministério Público em Alagoas também é decisivo para a atuação da polícia. Com base em depoimentos obtidos sob os efeitos da delação premiada, o Ministério Público conseguiu arrancar confissões que possibilitam a Polícia Federal identificar a base da quadrilha e suas ramificações.
Caros internautas, tudo leva a acreditar que a eleição majoritária em Alagoas este ano é sui generis: honestamente, nunca se assaltou tão pouco em ano eleitoral!
É ou não é?
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