Na nota oficial divulgada na tarde desta terça-feira, 2, a Associação dos Magistrados Alagoanos isenta o juiz Gustavo Souza Lima pela demora no julgamento dos processos envolvendo os deputados denunciados pela Operação Taturana e responsabiliza o Tribunal de Justiça pela demora.

Diz a nota que, enquanto o TJ não decidir sobre a denúncia dos acusados alegando suspeição do juiz para atuar no caso, ele ( o juiz ) está legalmente impedido de atuar no caso e, dessa forma, o processo sofre solução de continuidade.

A nota foi assinada pelo juiz Maurílio Ferraz, presidente da entidade.

A denuncia de suspeição do juiz, que decretou o afastamento da maioria dos deputados denunciados pela operação da Polícia Federal, é considerada como manobra da defesa para protelar a decisão sobre o processo – que foi desmembrado em função da lei que garante foro privilegiado para quem tem mandato federal ou exerce função de conselheiro do Tribunal de Contas.

Trocando em miúdos: enquanto o Tribunal de Justiça não decidir se o juiz é ou não suspeito para atuar no caso, o processo da Operação Taturana não anda. A alegação é de que o juiz agiu com dois pesos e duas medidas, ou seja, denunciou uns e outros não.