Na década de 60 tiraram a sede da Petrobras de Maceió e levaram para Aracaju. Como compensação foi anunciada a Salgema Indústria Química – que virou Trikem e hoje é Braskem, com sede-administrativa na Bahia.
No começo da década de 2000 havia a possibilidade de Alagoas instalar uma termelétrica; o Estado tinha – e ainda tem – tudo para uma termelétrica – que foi se instalar em Pernambuco para ser movida com gás alagoano.
No ano passado foi anunciado o estaleiro para o Pontal de Coruripe e, diante dos precedentes, eu sugiro não pagar antecipado; não dá para acreditar antes de ver a obra inaugurada e funcionando como prometem. É que o governo de Pernambuco também anunciou a construção de um estaleiro em Suape – o complexo portuário da moda na região, com calado maior do que o porto de Jaraguá.
E aí, caros internautas, eu começo a temer quanto ao projeto alagoano. O temor aumenta porque, ao mesmo tempo em que o governo pernambucano anuncia o seu estaleiro, também trata da implantação de cursos técnicos destinados a formação de mão-de-obra naval – o que significa sair na frente de Alagoas e sanar a carência crucial para projetos desse porte.
Além disso, o governo de Pernambuco cuida da parte ambiental com assessoramento de uma universidade italiana.
O projeto do estaleiro pernambucano vai custar R$ 300 milhões e gerar 1,6 mil empregos. O prazo para início da obra é julho que vem e o governo de Pernambuco garante que vai sair de lá a primeira plataforma marítima para o Pré-Sal.
Como a gente conhece o comportamento dos políticos alagoanos, é melhor não acender a vela antes de o milagre acontecer. O estaleiro em Coruripe pode deixar a gente a ver navios fantasmas.