O 4º Congresso Nacional do PT, realizado durante três dias em Brasília, terminou sem surpresas no sábado, 20. O partido aprovou sem problema a ministra da Casa Civil, Dilma Rouseff, como candidata a presidenta da República.
A aprovação do nome da ministra mostra que o presidente Lula é mesmo maior que o PT. A corrente radical que faz restrições a Dilma não só engoliu a indicação de Lula, como está sendo obrigada a engolir os cortes que o presidente mandou fazer na proposta de governo elaborada pelos chamados xiitas – aqueles que ainda pensam em revolução socialista.
O programa apresentado para a candidata e elaborado pela ala radical do PT prega mudanças econômicas incompatíveis com o PT de Lula – que não é mais o sapo barbudo ameaçando a burguesia.
Lula vetou as propostas da ala radical e chamou o ex-ministro Delfim Neto, o guru do modelo econômico dos governos militares, para ajudar na elaboração do programa da candidata para a área econômica.
Delfim Neto, Antônio Palocci e Henrique Meireles são os responsáveis pelas propostas para a área econômica da candidata.
Os mais radicais podem se indignar se quiser ou fingir que não sabem que Delfim Neto, que ajudou o general Médici a fazer o milagre econômico da década de 70, é parte importante do processo petista de governo.
Isto, companheiro e companheira, fica por conta da realidade incontestável: não existe capital fixo; todo capital é variável e a Riqueza das Nações quem ensinou foi Adam Smith a partir do principio da liberdade para produzir e fazer acontecer.
O resto é utopia. Viva pois, o PT do Lula.