A função da assessoria militar é proporcionar segurança pública a algumas pessoas privadas, que decidiram por conta própria que são superiores.
Não são arianas e o sangue azul exigido é o cargo relevante que possa exercer na Assembléia Legislativa, no Tribunal de Justiça, no Ministério Público, no Tribunal de Contas e na Prefeitura de Maceió, mas adquiriram a regalia absurda.
Cada um desses órgãos tem direito a quartel particular, pago pelo contribuinte, mas cujos policiais não cuidam jamais da segurança pública, nem mesmo em caso de urgência urgentíssima como neste Carnaval.
O coronel Sena, comandante-geral da PM, solicitou que esses órgãos colocassem à disposição da sociedade os quartéis que a sociedade paga e recebeu não como resposta; o quartel é para a segurança pública privada – e não vai aí nenhuma redundância.
Esses quartéis particulares também têm a função de oferecer abre-alas para blitz policiais. Fico imaginando: alguém maldoso pode colocar a contravenção no carro imune às revistas policiais e...quanta contravenção – sabe-se lá - não passa no carro do privilegiado que pode contar com um oficial da PM servindo de abre-alas na blitz?!
Quanto dinheiro não circula para lá e para cá; quantas armas e armações ilimitadas não trafegam impunemente nas estradas?!
Já houve caso no Ceará de a polícia prender policiais alagoanos que escoltavam transgressões, mas deram um jeito lá em Brasília e o dito ficou pelo não dito.
Nesse Carnaval, os privilegiados terão a segurança desses quartéis particulares; o restante da sociedade alagoana terá a segurança da guarda mal-assombrada.