Se para bom entendedor, meia palavra basta, para os caciques que entendem como ninguém de política as palavras do ministro Carlos Luppi são definitivas.
O ministro do Trabalho, que é presidente de honra do PDT, ofereceu um jantar para os senadores Renan Calheiros e Fernando Collor, e o deputado federal Benedito de Lira, e mais os contrapesos dos partidos nanicos que se dizem oposição no Estado.
Foi um jantar, na residência do ministro em Brasília, para bater o martelo quanto à candidatura ao governo do Estado. Luppi foi claro: o PDT não abre mão do nome de Ronaldo Lessa para disputar a sucessão do governador Téo Vilela.
E tudo foi acertado; como o PP do deputado Benedito de Lyra ficou com uma vaga para a majoritária ao Senado, o PTB de Collor indicará o candidato a vice-governador e todos irão à luta para eleger Lessa governador e Dilma Rouseff presidenta.
E estamos conversados.
O amigo internauta pode estar se perguntando: o prefeito Cícero Almeida foi convidado para o jantar? Foi. Mas, não compareceu.
Almeida ainda mantém a ilusão de ser o candidato a governador e diz que decidirá sobre isso após o Carnaval. Balela.
O prefeito só pode ser candidato se o PP lhe garantir a legenda; ninguém pode se candidatar a cargo eletivo algum, se não estiver filiado a um partido - que tem de aprovar o nome em convenção.
E o deputado Benedito de Lira já disse mais de uma vez que o PP já foi contemplado, na disputa majoritária, com a vaga para o Senado.Ou seja, abriu mão de indicar o candidato a governador.
E ninguém é candidato sozinho.
A ausência do prefeito à reunião, seguida de jantar, na casa do ministro Luppi é mais que indicativo; é a certeza de que para bom entendedor, não precisa ninguém dizer mais nada.