O jantar que o ministro Carlos Luppi ofereceu em Brasília aos donos dos partidos que compõem o chapão da oposição ao governador Téo Vilela, e mais uns nanicos agregados, teve o objetivo de apresentar Ronaldo Lessa como candidato a governador.
O ministro do Trabalho, que herdou o PDT depois da morte de Brizolla, já bateu o martelo em conversa com o próprio Lessa – Luppi quer Lessa candidato a governador.
Quando perguntaram ao ministro se essa posição não atende ao interesses do senador Renan Calheiros, ele respondeu que o interesse é credenciar o PDT em nível nacional; quanto maior número de candidato ao governo, melhor para o partido – diz Luppi.
Luppi também ressalta a condição de Alagoas, que é governada pela oposição ao presidente Lula – que precisa de palanque forte para a ministra Dilma Rouseff.
Pode ser. Mas, o senador Renan também não quer Lessa disputando o Senado e está corretíssimo. Até onde Renan tem poder para influenciar a decisão do PDT, isto não se sabe; mas, por enquanto, está dando Renan.
Claro que ninguém vai assumir agora a decisão – que deve ser mantida camuflada, por conveniência.
Fala-se no fato novo, que seria a candidatura do senador Fernando Collor ao governo do Estado. Acho pouco provável, por alguns fatores negativos:
Que grupo iria bancar a campanha de Collor?
A candidatura de Collor complicaria o palanque da ministra Dilma Rouseff.
O Collor tem mais de 10% numa pesquisa para presidente da República e é melhor avançar na reconquista, que tenta conquistar o Executivo agora.
Sendo assim, o fato novo pode significar para Collor o erro antigo de menosprezar o jogo político.
O PDT não disse, mas nem precisa dizer que Lessa é o candidato a governador. Só quem não sabe é porque está procurando chifre na cabeça de cavalo.