É mais fácil o camelo passar no fundo de uma agulha, do que o projeto ficha limpa para candidatos a cargos públicos ser aprovado. E isto, com o total e irrestrito apoio da bancada federal alagoana – que, igual às demais, tem fichas sujas e imundas.
Imaginem se eles vão alimentar a serpente, que vai lhes morder!
Na entrevista ao jornalista Gilson Monteiro, da Tribuna Independente, o deputado federal Augusto Farias, que é o coordenador da bancada, já antecipou que vota contra, ou seja, votará favorável ao ficha suja - e até prognosticou: o projeto não será aprovado.
A proposta de origem popular tem 1 milhão e meio de assinaturas, seguiu os trâmites Constitucionais e representa o anseio da sociedade aqui e alhures, mas, no Congresso Nacional primeiro vale os anseios deles.
É imperioso entender que, na história das nações, não há País nem sociedade que se desenvolveu e que evoluiu, apenas fazendo eleições. E, no caso do Brasil, onde o voto é obrigatório, o eleitor é o bobo da corte e continua pensando que pode mudar o status quo.
Agora mude.
Com o voto não se muda nada; tudo o que se mudou até agora é resultado da mobilização popular. O exemplo maior é a reforma agrária – que só está sendo feita porque os sem-terra decidiram sair às ruas. Senão, nada teria sido desapropriado.
Existem duas possibilidades de o projeto ser aprovado:
O boicote do voto na próxima eleição; uma abstenção de 60% seria escândalo internacional.
Sair às ruas e agir igual ao MST – ocupar, organizar e resistir.
De outra forma, pensando que vai mudar com o voto, o eleitor faz o papel do bobo cego da corte dos fichas sujas futebol clube..