No começo da noite desta quarta-feira, o companheiro jornalista Eduardo Cardeal me provoca indagando sobre as novidades sobre a política, enquanto as companheiras jornalistas Teresa Cristina e Gilca Cínara me oferecem pizza com coca-cola.
Saboreio a fatia de pizza e, confesso, bebo a droga – que, por ser droga, vicia. Mas, bebo só meio copo de coca-cola prometendo que será o único gole do ano.
A novidade, caro Eduardo Cardeal, é que não tem novidade. O quadro político está definido desde o ano passado, o Ronaldo Lessa é candidato a governador, e a até mesmo a trama na surdina contra a candidatura do delegado federal Pinto de Luna não surpreende –e, se não surpreende, não é novidade.
Anotem aí: a ordem é tirar o Pinto de Luna do páreo; em hipótese alguma ele pode ser candidato ao Senado, porque é o primeiro herdeiro dos votos de Lessa e isso complica a reeleição do senador Renan Calheiros.
E o que fazer para tirar o Pinto de dentro?
Existem dois planos: um é ardiloso e se constitui no lançamento de várias candidaturas a senador pelos partidos comunistas da esquerda de aluguel, com o fito de polarizar o espólio de votos de Lessa para prejudicar Luna. E já tem dois laranjas da pseudo-esquerda escalados.
O segundo plano é baixaria mesmo e se constitui no PT negar a legenda para Luna disputar o Senado.
O deputado Paulão disse-me que isso seria o fim da picada; disse-me que o eleitor não entenderia essa posição do PT e, portanto, ele não acredita no golpe sórdido.
Sei não; se as candidaturas dos partidos comunistas de aluguel não forem suficientes para dividirem o espólio de Lessa, tudo pode acontecer.
O importante é que a reeleição de Renan não corra risco algum. Nem, evidentemente, acabe em pizza igual o final da tarde desta quarta-feira na redação do Cada Minuto com o lanche patrocinado pela companheira Gilca, baiana da gema de Patamuté, lá no sertão de Joazeiro.