Que ninguém mais fale sobre político profissional, para não cair em redundância. Política é sim profissão e o presidente da Associação dos ex- Congressista, Raymundo Urbano, exige do Congresso Nacional o pagamento do 13º salário.

E como o Congresso Nacional não gera receita, quem vai pagar a conta é o Governo – que tem duas opções para arranjar o dinheiro: cortar despesas ou aumentar os impostos.

Ex-deputado federal nas décadas de 60 e 70, Raymundo Urbano é filiado ao PMDB da Bahia e se queixa dos colegas com mandato porque esquecerem que pode um dia também ficar sem mandato.

Um ex-deputado federal ou senador aposentado ganha em média 4 mil e 200 reais por mês de aposentadoria – que é extensiva às viúvas, daí existirem hoje 581 ex-políticos aposentados e 550 viúvas – e todos recebendo pensão da viúva, a outra, também conhecida como Nação.

Raymundo quer receber o 13º salário retroativo aos últimos cinco anos. Onde arranjar dinheiro? Ele não se preocupa com isso e responde curto e grosso:

- Isso é problema do Congresso Nacional.

Pior que não é; o problema é da sociedade – que vai ter de pagar mais impostos para bancar a sangria no erário federal.

Assim, a política é profissão e o político é o profissional mais bem aquinhoado na aposentadoria. Enquanto para o trabalhador comum, simples mortal, o teto previdenciário é de 3 mil e 200 reais, para o político profissional o piso é de 4 mil e 200 reais.