Três tipos de crimes em Alagoas parecem fáceis de serem desvendados, pela constância e pela repetição da cena, do cenário e das personagens. São eles:
1) Assaltos a restaurantes
2) Assaltos a ônibus na BR-101
3) Roubo de cargas em São Sebastião
Parecem fáceis, mas não têm sido desvendados. É incrível como os assaltos a ônibus da São Geraldo, Itapemirim e Progresso se repetem entre os municípios de Joaquim Gomes e Messias – e ninguém é preso.
Chegaram a prender algumas pessoas, mas como os assaltos continuam fica a dúvida: será que não prenderam as pessoas erradas?
É incrível como se rouba cargas na BR-101 entre Porto Real do Colégio e São Sebastião. Todo caminhoneiro sabe que trafegar à noite por ali é pedir para ser assaltado.
E, agora, a recente modalidade de assaltos a restaurantes. Esse tipo de assalto tem cunho político e enquanto a polícia trabalhar apenas na investigação de ato delinqüente comum, não conseguirá estancá-lo.
Aliás, enquanto a polícia não apresentar os culpados pelo roubo das armas de seu paiol em Jacarecica a sociedade não terá sossego.
Dizem que o inquérito segue em segredo de Justiça. Não deveria ser assim; o inquérito deveria estar sendo feito escancarado, com oitivas em praça pública.
Tanto segredo corre-se o risco de ficar tudo em segredo – inclusive o criminoso. E pior: esses segredos podem acabar servindo para justificar porque crimes tão fáceis de serem desvendados, porquanto repetitivos em curtíssimos intervalos, continuam sendo praticados impunemente.
Amanhã algum ônibus será assaltado quando passar entre Joaquim Gomes e Messias, depois de amanhã um restaurante em Maceió será assaltado e uma carga será roubada na BR-101 em São Sebastião.
São crimes que se repetem em curtíssimo intervalo de tempo, que até parecem fazer parte do calendário turístico de Alagoas.