O ex-governador Ronaldo Lessa já embarcou para Brasília na condição de candidato a governador, apenas queria ouvir da própria boca do presidente Lula o que intermediários prometiam em relação ao governo federal.
- Todo o apoio (para a campanha). Você vai liderar a chapa da Dilma (Rouseff, candidata a presidente), lá em Alagoas – disse-lhe o presidente.
O apoio em questão é discurso, logística e larjan. Principalmente larjan. Calcula-se que a campanha vai custar no mínimo 100 milhões de reais e o trem pagador não pode atrasar – senão, Lessa desiste e se candidata ao Senado.
Lessa fez bom negócio?
Eu acho que fez. Se não se eleger governador, Lessa se elege prefeito de Maceió em 2012 com o apoio de todos: Renan, Collor, João Lyra e até o governador Téo Vilela - que disfarçará o apoio lançando um candidato fraco para enfrentá-lo.
Tem ainda a liquidez que se adquire numa negociação dessa natureza. Lessa sabe que o senador Renan Calheiros está por trás de tudo e finge não saber – é assim a política. E vejam os amigos internautas que Lessa é a demonstração prática da teoria de Laing – que diz:
- A política é a arte de se tirar proveito de um mau negócio.
Pois então, se é assim mesmo, Lessa tirou bom proveito do mau negócio. Iria gastar muita grana na campanha para senador, e não vai gastar nada para disputar o governo. Um dos financiadores da campanha de Lessa à sucessão de Téo é um empresário de Brasília intimamente relacionado com a bancada alagoana.
O que o amigo acha: Lessa fez bom negócio saindo candidato a governador?