Nunca, na história política desse Estado, houve eleição tão complicada. A eleição majoritária este ano em Alagoas colocou políticos de renome na roda de bobo.
Até em batizado de boneca marca-se presença, porque do jeito que a situação se encontra não se pode perder tempo.
Não é que o eleitor esteja mais distante, não é isso; o eleitor continua no mesmo lugar. A questão é que o eleitor parece ressabiado e demonstra revolta.
Para o governo do Estado o caminho está traçado para o prefeito Cícero Almeida, mas tem uma pedra no meio do caminho – que parece difícil de remover.
Almeida teria de renunciar o mandato e torcer para que não queiram se vingar dele, quando deixar a prefeitura.
Ainda que remova a pedra, fica a dúvida.
O ex-governador Ronaldo Lessa já se considera eleito senador; acha que a tendência do eleitorado de Maceió se espalhará pelo interior e que a eleição para senador é diferente.
Mas, se lhe garantirem as condições financeiras ele topa disputar o governo do Estado. Outra condição é ser o candidato a prefeito em 2012 com apoio do grupo.
Que grupo? Esse grupo que se divide por conveniência e se junta sem constrangimento por esperteza.
E o Collor?
O silêncio do senador Fernando Collor deixa todos nervosos. O que se passa pela cabeça de Collor?
Uns dizem que Collor prepara o bote, ou seja, a candidatura ao governo do Estado. Outros alertam para o risco de ser derrotado – o que compromete o projeto nacional de candidatar-se à presidência da República.
O governador Téo Vilela assiste de camarote. O quadro beneficia a ele. A candidatura de Lessa ao Senado é a pedra no caminho do senador Renan Calheiros – que terá de removê-la.
São tantas emoções...