Para que serviu a reunião com os dirigentes de partido que formam a base aliada do governo Lula e até quem não forma – tipo PV e PCB?

Serviu para não servir coisa alguma, ou seja, serviu para não apagar de vez o fogo acendido em Brasília - que está minguando.

Faltaram à reunião o senador Fernando Collor, o prefeito Cícero Almeida e o empresário João Lyra.

Collor faltou porque sabia que a reunião não serviria para nada e ele tinha mais o que fazer; Almeida faltou porque não deve se expor e João Lyra faltou porque quer a prefeitura – e isto implica em Almeida ser o candidato ao governo do Estado.

O que se viu na reunião foi o seguinte:

1) Eles estão feito cegos em tiroteio.

2) O senador Renan Calheiros mira Almeida, mas quer Lessa candidato ao governo.

Além da base aliada, eles precisam do PV e do PCB para tentar minar a candidatura de Pinto de Luna – isto, se o PT não lhe der a rasteira que se prenuncia.

Bem posicionado nas pesquisas, o prefeito Cícero Almeida é mesmo a bola da vez – como definiu João Lyra. Ocorre que, nesse jogo, conta outros interesses – que se conflitam em diferentes formas.

A chapa ideal para Renan é com Lessa disputando o governo do Estado; a chapa ideal para João Lyra é Almeida candidato a governador.

O consenso, para Renan, é Almeida disputando o governo e Lessa candidato a deputado federal – jamais ao Senado.

E se não bastasse estarem todos iguais a cegos em tiroteio, ainda tem o silêncio do Collor - que incomoda demais.