Quem não tem vez, deve ter voto. A frase cai como moldura para a vice-prefeita Lourdinha Lyra, que vive o ostracismo político em pleno poder.

A situação da vice-prefeita de Maceió não é inédita, mas só há uma saída para o ostracismo – que é um mandato político.

Dizem que a candidatura de Lourdinha a deputada estadual prejudicaria os planos do pai, João Lyra, de retornar à Câmara Federal. Conversa; não prejudica em nada.

Em Alagoas mesmo tem alguns exemplos: o deputado federal Benedito de Lira, pai, e o deputado estadual Arthur Lira, filho. E o senador Renan Calheiros vai à luta pela reeleição com o filho, Renanzinho, candidato a deputado estadual.

Além disso, Lourdinha é do PR e o pai dela do PTB. Os dois se elegeriam sem problemas e ter uma voz na Assembléia Legislativa é importantíssimo para João Lyra.

Se continuar sem vez e sem voto, Lourdinha condena a si mesma ao ostracismo. Os amigos da vice-prefeita querem um mandato para ela – o que significa tirá-la do ostracismo.

Que acham?