Quando escrevemos sobre o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Alagoas, a reação é imediata e alguns até me chamam espírito de porco. Acham que torço contra o projeto.

Não é verdade. Os que reagem assim não têm argumento e sabem que defendem o impossível – que é colocar o VLT em circulação em agosto de 2010.

E já começam agora a preparar a desculpa, jogando a culpa para os cortes nas emendas parlamentares – o que também não é verdade; com corte ou sem corte o VLT de Alagoas não sai nem a pau, Juvenal.

E por que não sai?

1) Não sai porque a prioridade para implantação do VLT é as Capitais que sediarão os jogos da Copa do Mundo de 2014 – e Maceió não está incluída.

2) Não sai porque os demais projetos do VLT são urbanos; o de Alagoas é interurbano.

3) Não sai porque o VLT não é para substituir meio de transporte já em operação, e sim servir como mais uma opção no sistema de transporte de massa nas cidades. No caso de Alagoas, alem do percurso longo, iria substituir o trem de subúrbio.

Mas, alguém pode indagar influenciado pela movimentação de material de reposição da linha férrea – trilhos e dormentes – amontoado na esplanada da Estação Central, para que servirá tudo aquilo?

Servirá para reforçar a linha férrea desgastada, para que a Companhia Ferroviária do Nordeste recoloque na linha o trem de carga – que foi suspenso em 2001, devido à cheia que destruiu pontes sobre os Rios Mundaú e Canhoto.

Adianto aos amigos internautas o que ouvi de uma assessora da CFN. Ela me disse que o Cimento Poty está alugando os armazéns da antiga estação de cargas de Jaraguá, para servirem de depósito – o cimento será trazido de trem do Ceará e do Rio Grande do Norte, para Maceió; e a CFN vai reativar o trem de carga para transporte do álcool destinado ao mercado internacional.

É para isso que estão recuperando a linha férrea; o trabalho não tem nada a ver com o VLT. Desculpem, mas eu tenho de denunciar o blefe eleitoral depois da frustração do trem fantasma - que vinha de Porto Real do Colégio para Maceió e escafedeu-se!