A distância que separa o governador Téo Vilela do senador Renan Calheiros é do tamanho de nada.
A separação momentânea livrou o governador de incômodos, assim como Téo se livrou dos incômodos do deputado Antônio Albuquerque.
Renan começou no governo com duas secretarias ( Infra-Estrutura e Educação) e termina o ano sem elas, sem ninguém no governo por sua indicação.
Mas, o rompimento não existe. A coligação que deu o vice-governador do PMDB se mantém inalterada.
Na entrevista concedida ao semanário Extra, o governador apresenta-se aberto ao diálogo e não fecha as portas para o velho parceiro de muitas lutas.
Renan está na batalha pela reeleição e precisa do governo; e o governo precisa manter essa ponte no Senado – que foi fundamental, por exemplo, para aprovar o empréstimo de 195 milhões de dólares com o Banco Mundial.
O governo começa 2010 com o caixa reforçado; são 333 milhões e 500 mil reais considerando-se o câmbio a 1 real e 70 centavos o dólar.
Com esse dinheiro extra o governo tem munição para fazer com que 2010 seja mesmo um ano diferente.
Ano de eleição é assim: quem tem munição dita a regra do jogo. Ninguém briga com quem está bem municiado.