Ao declarar que o secretário de Defesa Social, Paulo Ruibim, é imexível o governador Téo Vilela dificulta a reeleição daqueles que construíram suas bases eleitorais na polícia, seja para indicar delegados ou manipular inquéritos.

Infelizmente foi assim nos últimos doze anos – quando, não por coincidência, a polícia jamais apurou assalto a bancos e deixou mais de 3 mil inquéritos inconclusos.

O governador garantiu que Rubim – e com ele o delegado Marcílio Barenco – só deixa o cargo se quiser; e que vai ficar até o último dia de seu mandato. A decisão de Téo Vilela deixou muita gente inquieta e não poderia ser diferente; pela primeira vez a eleição não sofrerá influência do aparato policial que compõe a segurança pública.

Trocar delegado, indicar delegado, conduzir inquérito-policial para livrar criminoso ou acusar inocente não será mais possível. Para quem estava acostumado com o contrário será uma eleição dificílima – daí é imperioso estar atendo porque vai haver retaliação.

Para alguns a reeleição é questão de vida ou morte; ficar sem mandato significa estar vulnerável à lei destinada aos mortais comuns, ou seja, sem mandato.

É possível que sejam retomados os assaltos a restaurantes, de modo que a violência programada posso servir para atrair o apoio dos incautos. Tudo é possível, afinal, eles não vão deixar barato a perda dessa base eleitoral valiosa – que é a polícia.

Honestamente, nunca se viu um governador tomar decisão igual. E, honestamente, advirto que é preciso mobilizar o serviço de inteligência para esclarecer os crimes que serão praticados como reação à decisão do governador.