Deu na coluna do jornalista Jorge Oliveira, publicada no semanário Extra desta semana, que uma empresa comprou três fazendas em Murici e a F. P Construções Limitada comprou uma fazenda em Maribondo.
E dá os nomes das fazendas. Em Murici chamam-se Vila Verde, Laje da Pedra e Vila Flor II; em Maribondo é a fazenda Padre Cícero.
A nota provocou rebuliços, principalmente porque o jornalista promete dá mais detalhes na próxima edição.
Mas, afinal, o que há de errado nisso?
Do ponto de vista comercial é uma transação como outra qualquer; nada impede que pessoas físicas ou jurídicas adquiram propriedades. Do ponto de vista que se conhece pode ter sido uma transação comercial triangular – e é isto o que deve ser investigado.
Trocando em miúdos: as empresas podem não ser as proprietárias de fato dos imóveis. E quem seria, então, o proprietário de fato?
A nota diz que as empresas prestam serviços para uma prefeitura – o que não quer dizer nada, pois nada impede que prestem serviços se estão aptas.
Mas, sabendo que há precedentes em negócios onde o verdadeiro comprador é o sujeito oculto da oração, tem gente querendo meter o bedelho para saber se quem diz que é, é mesmo; ou se não é o que diz ser. Também pode ser que as empresas decidiram investir em agronegócios por coincidência.
Pode ser.