Diz-se que o crime não compensa. Mas, e se o criminoso tem mandato eletivo, ou seja, é deputado, senador ou governador?
Ah, aí compensa. Pode matar ou roubar à vontade porque compensa. Ou alguém acha que o governador de Brasília, José Roberto Arruda, sofrerá punição?
E o dinheiro desviado da Assembléia Legislativa de Alagoas, alguém acredita que não compensou? Pois se alguém pensa diferente das duas uma: é um estúpido ou conivente.
No Brasil existe o absurdo da imunidade parlamentar, que dá ao político com mandato o direito de praticar crime sem a preocupação de ser preso e condenado.
Dizem que mudaram a lei, mas é conversa. Se você quiser roubar e matar sem o risco de ser preso, pois trate de se eleger para alguma coisa no parlamento estadual ou federal.
Esse é um absurdo inominável que jamais será eliminado, exceto por uma revolta popular radical capaz de paralisar o País. Só o povo em marcha na direção de Brasília – e se possível em armas - poderá acabar com o absurdo que protege bandido e celebra o crime.
De minha parte, que não vou ficar alimentando na população a ilusão de uma justiça que jamais se pratica no País, não me disponho mais a escrever sobre operações policiais que apenas servem à espetacularização e nada mais.
Ora, se eu mato ou mando matar; se eu roubo muito dinheiro e no máximo o que me pune é a espetacularização na mídia, pois que se lixem todos – o crime vale à pena, porquanto não vou devolver os milhões que roubei e muito menos a vida que mandei tirar.
E proclamarei: para vocês otários de galocha, que ainda acreditam que a Justiça será feita, tome panetone - e olhem que, antes, era bem melhor; antes era pizza!