Nunca, na história política desse Estado, se viu situação igual: a Polícia Civil prendeu e algemou o deputado Antônio Albuquerque e Polícia Militar prendeu e algemou o filho dele – que estava com a arma do pai dentro do carro e reagiu à revista, segundo a PM.

Segundo a versão de Nivaldo Neto, filho de Albuquerque, não houve reação; ele apenas pediu para ligar para o pai.

Seja como foi, o certo é que os dois episódios marcam a história política de Alagoas; nunca, na história desse Estado, deputado ou o filho dele foram presos e algemados. O que está acontecendo?

A resposta é a incógnita que Albuquerque busca e diante da dificuldade de encontrá-la vem a tese da perseguição. Ao tomar conhecimento de que o governador Téo Vilela aprovou a ação da PM, o deputado ficou ainda mais revoltado.

Téo aprova a ação da polícia militar e Albuquerque reprova Téo e a PM. Téo disse que a polícia apenas aplicou a lei e Albuquerque sustenta que a política foi truculenta.

O interessante é que tudo isso se dá concomitantemente com a reaproximação de Albuquerque com o governo, para o qual indicou diretores de segundo escalão. E não é só o distinto público que fica sem nada entender; o deputado também não.

Afinal, são aliados ou não? Ou será que se trata de fogo amigo?

Mas, quando alguém leva a discussão do problema para esse lado o governador rebate com o refrão: não mistura política com polícia e cada macaco no seu galho.

Albuquerque contou ao blogueiro que no episódio de sua prisão, acusado de um crime que não praticou, veio na viatura livremente até o limite com Maceió; ao entrar na Capital o delegado se dirigiu a ele e disse que tinha ordens para trazê-lo algemado.

Não é fácil entender mesmo e uma coisa é certa: nunca, na história política desse Estado, a polícia prendeu e algemou deputado ou o filho dele.