- Estou sendo perseguido.

É assim que o deputado Antônio Albuquerque (PTdoB) se vê nos últimos dois anos, quando experimentou o inferno astral que lhe tirou a presidência da Assembléia Legislativa e o levou à prisão algemado. Foi acusado de um crime que diz não ter praticado.

Ele prometeu contar tudo sobre a Operação Taturana no programa desta terça-feira, 8, apresentado pelo radialista França Moura, na Rádio O Jornal. A expectativa é grande.

Albuquerque nega ter desviado dinheiro do duodécimo da Assembléia e lembra que foi adversário do então presidente da Casa, Celso Luiz, em cuja administração se originou a investigação da Polícia Federal.

Numa conversa que tivemos com ele, e que motivou uma entrevista publicada no começo do ano, Albuquerque falou do crime que praticou quando tinha 18 anos de idade.

- O que você faria se visse sua irmã e sua mãe sendo agredidas? Eu reagi em defesa de minha irmã e de minha mãe. E fui julgado e absolvido, não devo nada à justiça.

O deputado se sente perseguido desde que se transformou em interlocutor entre servidores públicos e o governo, e desde que insinuaram sua candidatura ao governo do Estado.

Ele acha que paga o preço alto por isso e contou ao blogueiro que, no episódio de sua prisão, ao chegar a Maceió o delegado o avisou que tinha ordens para algemá-lo.

- Até isso aconteceu. Vim de Limoeiro até aqui normalmente, conversando normalmente. Mas, era preciso o espetáculo de me algemar.

Também falou sobre o desentendimento com um oficial da PM que comandava uma blitz exatamente em frente a sua fazenda, no acesso à cidade de Limoeiro de Anadia.

- Quem conhece o local sabe que ali não é aconselhável se fazer blitz, mesmo assim a blitz foi montada. E eles quiseram implicar até com a ambulância da prefeitura, que estava com a documentação em dia.