O delegado Robervaldo Davino, titular do 4º Distrito Policial, também condenou a ação da guarnição da Radiopatrulha – que algemou o filho do deputado Antônio Albuquerque e o colocou no xadrez do camburão.

- Houve um excesso e já me posicionei certa vez contra essas atitudes, porque amanhã pode ser meu filho, o filho de qualquer um.

O delegado referiu-se ao fato de Nivaldo Neto, filho de Albuquerque, ter sido preso dirigindo o carro do pai, onde a PM encontrou uma arma registrada também em nome do pai.

- Ora, isso não era motivo para algemar e colocar no camburão.

Já o deputado Antônio Albuquerque, que chegou à delegacia queixando-se do excesso, disse que vai processar a guarnição por abuso de poder.
 

DEPUTADO VÊ EXAGERO NA PRISÃO DE FILHO DE DEPUTADO

- É tudo mentira o que estão falando! Limitou-se a dizer à imprensa o deputado Antônio Albuquerque, acerca da prisão de seu filho por posse ilegal de arma.

De fato, não havia munição para a pistola encontrada no Gol dirigido por Nivaldo Neto – o filho de Albuquerque, que estava com o irmão e um amigo.

Uma guarnição da Radiopatrulha decidiu realizar uma blitz rápida nas proximidades do Cepa, no Farol, e parou o carro dirigido pelo filho do deputado.

A pistola, que está registrada no nome de Albuquerque, estava embaixo do banco do carona, mas não havia munição alguma no carro.

E por que disseram que tinha encontrado oito cartuchos?

Foi engano da imprensa? Não, foi informação da polícia – que deixou o dito pelo não dito.

O deputado Antônio Albuquerque esteve na delegacia, pagou a fiança de quase 1 mil reais e saiu dizendo que era tudo estória.

O deputado Gilvan Barros saiu em defesa do amigo e disse que não viu necessidade de o filho de Albuquerque ser preso.

Houve exagero.