É mais fácil o VLT de Alagoas circular em agosto de 2010, ligando Lourenço de Albuquerque ao antigo Shopping Iguatemi, do que o prazo dado pelo prefeito Cícero Almeida, para o chapão definir o candidato a governador, ser cumprido.

Almeida quer uma resposta até dia 5 de dezembro, ou seja, dentro de uma semana. Agora tenha!

Com o prazo prometido para o VLT circular a questão é matemática; o VLT é produzido na França e não tem nenhum na prateleira disponível. A encomenda para ser entregue demora 1 ano no mínimo – e isto se for cumprida toda a burocracia.

 

O VLT de Brasília, por exemplo, o contrato foi assinado diretamente pelo governador José Roberto Arruda com o presidente francês Sarkosi, e vai percorrer apenas 8 quilômetros. E a previsão para circular é no segundo semestre de 2011 – quanto mais o VLT de Alagoas, que – dizem – vai percorrer 50 quilômetros!

No caso do prazo estipulado pelo prefeito a questão é pragmática: não se age sob pressão para uma definição de tanta magnitude.

Isto, sem falar que o prefeito Cícero Almeida não depende apenas do chapão para sair candidato ao governo do Estado; ele depende muito mais do empresário João Lyra – que não admitirá novamente o perjúrio e, ressabiado, não confia mais na palavra dada por qualquer um.

Almeida exige a manutenção dos secretários de Finanças e da Infraestrutura; João Lyra sabe que assumir a Prefeitura sem o controle dessas duas secretarias é o mesmo que assinar cheque em branco ao portador.

O açodamento do prefeito tem razão de ser, mas alguém precisa alertá-lo de que o apressado na definição nunca deve ser o principal interessado. O prefeito poderia escalar alguém para cobrar e nunca ser ele mesmo o cobrador.