O governador Téo Vilela, que na outra encarnação era mineiro e filiado a UDN, entregou a Segurança Pública para o PMDB do senador Renan Calheiros administrar.
A manobra foi simples e nem precisou sair de casa, ou seja, do palácio – bastou designar o vice-governador José Wanderley para coordenar os trabalhos na área.
O vice-governador pertence ao PMDB do senador Renan Calheiros – que se queixou da insegurança e chegou a propor a saída do secretário Paulo Rubim.
Téo, o mais mineiro dos alagoanos, tem sido mestre na contrapartida aos ataques que recebe. Foi assim em Arapiraca, quando retirou do ostracismo o vice-prefeito Rogério Teófilo – que o prefeito Luciano Barbosa queria eliminar politicamente.
Rogério, que não tinha sequer uma cadeira para se sentar e uma sala para despachar como vice-prefeito de Arapiraca, recebeu a Secretaria Estadual de Educação – que é uma urna e já elegeu muitos secretários.
O prefeito Luciano Barbosa engoliu calado o golpe duplo; ao nomear Rogério Teófilo secretário da Educação, Téo fez um afago na ex-amiga Célia Rocha – que está de mal dele, mas não é de sangue a fogo.
Célia é candidata a deputada federal e Rogério tem o compromisso de apoiá-la; foi Célia quem impôs Rogério como vice de Luciano Barbosa.
Diga se o governador Téo Vilela não é o mais mineiro dos governadores alagoanos! Aliás, não é coincidência o fato dele ser assim, ó, com o governador Aécio Neves e ter se inspirado no modelo do governo de Minas Gerais.
E sendo assim, é conselho dos mais velhos nunca subestimar a capacidade do político mineiro.
Ainda que nascido em Alagoas.